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A mostrar mensagens de setembro, 2009

1º. dia das actividades

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Hoje foi dia de aprender a escrever o nome. Depois de chegar juntamente com uma colega de curso que começou hoje comigo, fui apresentá-la à instituição e aos utentes. Quanto às actividades muitos deles recusaram-se a participar simplesmente, "ah já não tenho cabeça", "não quero fazer nada" e etc. Comecei a ficar preocupada e pensei que apenas um ou dois quisessem aprender. Mas aos poucos as cadeiras foram ficando ocupadas. Quando olhei à nossa volta estavam 8 utentes a escrever. Já não é nada mau. Uma vitória conseguida. Tenho que conseguir convencer os outros a participar...aos poucos sei que vão acabar por se juntar ao grupo. E pronto...estas foram as novidades...tinha que vir contar :-)

E as actividades...

no centro de dia onde faço voluntariado, estão prestes a começar. Depois de conhecer todos os utentes do centro de dia, sinto-me preparada para dar inicio às actividades. Estou um pouco nervosa é verdade, receosa também com medo de desagradar algum utente ou que eles se recusem simplesmente a participar....o que é normal. A maioria dos utentes encontram-se angustiados e deprimidos. São vários os medos, as angustias, as perdas ao longo da vida. Quero contribuir para um melhor envelhecimento, mas sabendo desde já que irei ter alguma dificuldade em po-los a "mexer", resolvi por agora não exigir muito deles. Apenas quero cativar a sua confiança, trabalhar a parte emocional, para depois avançar com algo mais ambicioso. As actividades começam já no dia 22 e irei começar pela alfabetização. Cerca de 80% dos utentes não sabem escrever o seu nome, e uma vez que todos querem aprender, irei começar por aí. Depois seguem-se outras actividades. Como pretendo divulgar o meu trabalho, pois

Hoje foi um dia...

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muito especial. Fui visitar as instalações das irmãs da Madre Teresa de Calcutá em Faro. Pelo caminho ia pensando em oferecer os meus serviços de voluntariado . Quando entrei o meu coração ficou apertado...precisava de sair o mais rápido possível daquela sala. Uma sala composta por pessoas na sua maioria muito idosas, em fase terminal e portadoras de problemas mentais. Fiz força, respirei fundo e aguentei. Uma a uma fui conhecê-las. Apresentei-me, beijei-as, abracei-as e senti a força do toque. Como é tão importante o toque...um simples toque. Serem tocadas, acarinhadas e amadas é tudo o que estas pessoas mais queriam. A minha presença era um tesouro para elas, e simplesmente deixei de querer sair dali. Um trabalho árduo efectuado pelas irmãs que oferecem a sua vida em troca do Amor. O Amor pelo outro. Fiz companhia à D. Augusta (foto)...uma senhora de 73 anos que está numa cadeira de rodas. Devido à sua meningite aos 7 anos ficou surda, mas sendo excelente em leitura labial, conver