Fase 1- O Desemprego bateu-lhe à porta...e agora?


Quando o desemprego nos bate à porta, nada está perdido!
Para muitos é uma alegria, ou porque não gostavam do que faziam ou porque eram explorados e maltratados ou simplesmente por não gostarem de trabalhar naquele sitio, para outros, é uma desgraça!
Quando fiquei desempregada, o meu amigo João, disse-me em tom de ironia, "agora tens uma oportunidade para mudar de vida". Ironia, porque tinham sido palavras do nosso Primeiro-Ministro.
Pois bem...para mim foi de facto uma alegria, porque de facto não gostava de trabalhar onde trabalhava. São as pessoas...Era a minha oportunidade que tanto desejava: Oportunidade para criar o meu posto de trabalho, a minha empresa, de não ter que aturar chefes que adoram massacrar os funcionários através do chamado "Assédio moral", oportunidade para colocar em prática as minhas ideias e competências.
Nem todos nós temos perfil de empreendedor. Eu tenho, sei que tenho!
Portanto, a primeira coisa a fazer, é não desesperar. Ficar triste constantemente não revolve absolutamente nada e faz mal à pele, ao coração, ao estômago  intestinos, ao cabelo e etc. Só faz é mal! Xô, xô fora daqui... Temos que aceitar e pensar no próximo passo. Sim, porque existem muitos passos a dar. Se for um caso em que a pessoa tenha baixa escolaridade, por favor, invista em si. Estude para aumentar as suas qualificações, faça aquele curso que tanto queria ou...invista na sua empresa. E é sobre isso que quero falar aqui! Irei explicar como foi o meu processo, tal e qual...

Com muito tempo de antecedência  assim que desconfiei que iria para o desemprego, arregacei as mangas.
Primeiro tentei saber que tipo de incentivos/ajudas existem e se eu preenchia esses requisitos. No site do IEFP temos o Manuel de Procedimentos do Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego. Está lá tudo, basta lerem com muita atenção.
Existem várias opções, e a opção a considerar irá depender do montante de que necessitamos para criar a empresa, o financiamento.
Podemos pedir a totalidade do subsidio de desemprego. Ou seja, se lhe tiver sido concedido 12 meses de subsidio de desemprego, pode pedir de uma só vez, essa quantia. Se apenas esse dinheiro chegar, é só apresentar um projeto ao IEFP (plano de negócios) e solicitar o montante através de um requerimento (está no manual);

Se necessitarem até 20.000,00€, será com recurso à linha do Microinvest;
Se necessitarem mais de 20.000,00€ até 200.000,00€, será com recurso ao Invest+.
Nestes dois últimos terá que ser elaborado um plano de negócios e entregue no Banco. Nestes casos, não é  IEFP que avalia o projeto, é o banco e a CASES. No tal manual estão indicados os bancos que aderiram a este projeto, à excepção do Santader Totta que apesar de estar lá, já não aceita estes projetos.


Depois de ver que valia a pena usufruir desses benefícios, estudei onde deveria apostar. Quais as necessidades de mercado. O que queria fazer. O que gostaria de fazer. Como poderia fazer. Quais os preços praticados. Quem era a concorrência. Que legislação se enquadrava. Que tipo de licenças precisava e quais os organismos em questão. Quais eram as exigências por parte da Câmara. E muito mais...
Levei alguns meses para fazer um estudo de mercado, muita pesquisa, muitos contactos e finalmente decidi passar para o papel. (apenas confirmei de que a minha ideia inicial tinha pernas para andar e que não estava errada).
Um desempregado tem muitas ajudas do Estado para criar a sua empresa. Aproveitem!!!

Se não souberem fazer o tal estudo de mercado, procurem um contabilista que o faça, de preferência que tenha alguma experiência nestes projetos. A minha contabilista foi  um tesouro que me veio parar às mãos, confesso! Adorei-a desde o primeiro dia e vi que era muito competente. Escolham bem, porque um bom contabilista é muito importante. Eu fiz o meu, à exceção da parte financeira. Cada macaco no seu galho, e deixei essa parte para quem sabe, a contabilista.
Os contabilistas pedem apenas uma memória descritiva do negócio. Meia folha chega, é apenas uma apresentação da empresa, com os serviços disponíveis ao cliente, os produtos que irão vender, basicamente é: Quem? Quando? Como? Onde? O quê? Porquê? A partir daí o contabilista estuda e faz o resto do serviço, ou seja, tudo!
Sinceramente, aconselho a fazerem a parte teórica do projeto, mesmo que o contabilista depois altere algumas coisa, isto para que fiquem bem "entranhados com o tema". Afinal, é a vossa empresa e quanto mais souberem sobre os vossos produtos, e sobre o serviço que irão prestar, melhor para vocês.
Se optarem por fazer o tal estudo de mercado, assim que o acabarem, chegou a hora de procurar um contabilista.

Portanto, vamos lá recapitular:
1.º - Aceitar com muita calma a nova situação profissional: desemprego;
2.º - Estudar os incentivos/ajudas que podemos usufruir;
3.º - Fazer um estudo de mercado;
4.º - Arranjar um bom contabilista;

Num próximo post explicarei a segunda fase!

P.S.- Tive muitas dúvidas ao longo do meu processo e não sabia por onde começar. Daí o propósito deste post. Sim, de que me serve o conhecimento se não partilhá-lo? De nada! E as minhas dúvidas são as mesmas dúvidas de outro alguém.
Saudações sociais...

Comentários

  1. POis espero ouvir novidades em breve. Ja se sabe que tudo neste pais demora tempo. Mas ve la vai dando noticias.
    beijocas e força

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  2. Está a demorar mais do que disseram, mas eu espero. Que remédio!
    Assim que souber, aviso.
    Beijinhos

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